Saiba quais são as ervas que podem causar alergias e outras com potencial cicatrizante
É comum ao ir passear em ambientes arborizados surgir coceiras no corpo, aparecer bolhas e até erupções mais graves na pele. Ao visitar uma trilha com os amigos ou mesmo ter uma planta em casa é interessante obter conhecimento sobre as suas propriedades para não sofrer implicações.
Estudo publicado na revista Anais Brasileiro de Dermatologia considera as dermatites provocadas pelas plantas mecanismos de defesa do próprio corpo, por conta da presença de farpas, espinhos, dentes e serrilhados presentes em determinadas folhas.
A bióloga Midian Ferreira alerta que a alergia cutânea vai depender da sensibilidade da pele de cada indivíduo, todavia é importante conhecer os riscos ao se deparar com os sintomas: “A Hera venenosa e o carvalho são comumente conhecidos por causar dermatites ao obter contato. A alergia manifesta quando a substancia é absorvida pela pele e se inicia uma resposta imunológica causando a dermatite”, alerta.
Confira alguns exemplos citados pela especialista que podem provocar alergias na pele. Luz solar e manifestação de pragas elevam os ricos em alguns casos. Veja:
Alho Allium sativum: riscos de causar urticária devido às substâncias Dialidissulfeto ou a alicina.
Lírio peruano Alstroemeria spp: pode causar DCA(dermatite de contato atópica) infecções na pele com evolução cíclica, ou seja, tem períodos de melhora e piora. No caso dos Lírios peruanos ela é desencadeada geralmente pelo agente Tulipalina A>B.
Aipo Apium graveolens: causa a fitofotodermatite que é a sensibilidade à luz geralmente solar, porém não é causada pela planta em si, mas quando ela está contaminada por um fungo chamado popularmente de ferrugem rosa.
Pimenta malagueta Capsicum annuum: causa eritema, edema e ardência devido a presença de capsaicina.
Narcisos Narcissus pseudpnarcissun: causa DCA (dermatite de contato atópica) infecções na pele com evolução cíclica, ou seja, tem períodos de melhora e piora, cujo o agente desencadeador é o Oxolato de cálcio presente na planta.
Hera venenosa e o Carvalho venenoso: Toxixodendron radicans e diversilobum causam DCA (dermatite de contato atópica) infecções na pele com evolução cíclica, ou seja, têm períodos de melhora e piora, como também manchas negras, pois a planta contém Alquil-catecóis e resorcinois de urushiol.
Cactos e figueira da índia: podem causar DCImecanica, no caso desses devido aos Gloquídeos que são infestação de larvas parasíticas de bivalves dulciaquícolas presentes.
Por outro lado, algumas substâncias presentes nas plantas são benéficas para cicatrização na pele. Contudo, é importante obter orientação médica antes da aplicação: “Existem muitas plantas que atuam como cicatrizantes, entra elas a Arnica rica em hipericina, substância bactericida que ajuda na cicatrização, inibe a enzima monoamina oxidase, e o catecol-O-metil-traferase. É usada em aplicação externa em feridas e úlceras na pele”, explica.
Confira as plantas com potencial cicatrizante:
Pfaffia: conhecida como Ginseng tem ação cicatrizante, além de ter propriedades diversas.
Raízes de Confrei: tem como agente a alantoína que age como cicatrizante da pele, e pode ser aplicada em ferimento abertos. Também atua em hematomas e contusões.
Calêndula: tem ação cicatrizante devido a presença de flavonóides totais expressos em hiperosídeos em sua composição.
Babosa ou Aloe Vera: Rica em polissacarídeos totais, tem ação cicatrizante em lesões da pele provocadas por queimaduras de 1º e 2º grau e radiação solar.
Cajueiro: sua tintura é adstringente e cicatrizante quando aplicada também na pele, além de ter eficácia no tratamento da candidíase. Suas propriedades se devem a presença em sua composição de cardol, ácido anacárdico e a epicarequina com ação antiinflamatória.
Referênciais:
Anais Brasileiro de Dermatologia (ABD): https://www.anaisdedermatologia.org.br/
Midian Ferreira, Bióloga
Empresária, artesã e blogueira no site: commaosdeseda.com.br