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Durante o 2.º Congresso de Intervenção para Terapia do Diabete Tipo 2, nos Estados Unidos, a Federação Internacional de Diabete (IDF) divulgou recomendação de inclusão da cirurgia bariátrica entre as alternativas de tratamento de pacientes com diabete tipo 2 e obesidade leve, isto é, Índice de Massa Corporal (IMC) entre 30 e 35. Atualmente, a intervenção cirúrgica só é realizada em diabéticos com IMC 35 ou mais. 

 
No Brasil, continua valendo a resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), segundo a qual a cirurgia bariátrica só pode ser feita em obesos com IMC acima de 40 - ou de 35, se houver complicações como diabete, hipertensão ou doença cardiovascular. A entidade afirmou que vai analisar o posicionamento da IDF e poderá rever a norma brasileira. 
 
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Metabólica e Bariátrica (SBCBM), cerca de 10% dos pacientes diabéticos morrem, todos os anos, de doenças cardiovasculares. Esse índice cai para apenas 0,3% entre os indivíduos que passam pela operação. A cirurgia não é para todos, é bom ressaltar. Apenas entre 5% e 10% dos diabéticos possuem uma resistência à insulina maior que a média e não respondem ao tratamento convencional. A cirurgia seria indicada nesses casos e para pacientes obesos que não conseguem emagrecer sem cirurgia. 
 
É preciso muito cuidado para que o procedimento seja bem indicado. Ela não é uma solução mágica e a pessoa não vai emagrecer se continuar comendo da mesma forma. Se fizer isso, correrá o risco de ter complicações. Ou seja, a pessoa, assim como quando faz dieta, precisará comer menos. Se o problema for de compulsão alimentar, é preciso fazer tratamento psicológico. Os especialistas reforçam que a cirurgia deve ser realizada segundo os protocolos internacionais, ou seja, dentro de um tratamento multidisciplinar, com reeducação alimentar e acompanhamento pós-operatório.

 

Autor:  Agência Comunicado

Fonte:  O Estado de S. Paulo