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Autor:  Agência Comunicado

Fonte:  Portal Terra

Quem nunca desconfiou que certos tipos de alimentos encontrados em supermercados ou feiras, aparentemente saborosos, podem ter passado por agrotóxicos? Os aditivos químicos aumentam a produtividade no campo, reduzem o ataque das pragas nas plantações, destacam o colorido de frutas, legumes e folhas, mas têm um problema indigesto: sem controle, seu uso faz mal à saúde.   

Para reduzir os efeitos prejudiciais, uma das alternativas que existe é a de frequentar feiras de produtos orgânicos, cultivados sem agrotóxicos. Uma opção é o controle de pragas por meio natural, como o uso de biofertilizantes – que são compostos que envolvem o aproveitamento de ingredientes como água, esterco, restos de frutas e de verduras.

Como o cultivo de alimentos orgânicos não faz uso de agrotóxicos, a produtividade é menor. E seu preço, consequentemente, mais elevado. Pode-se também alternar o consumo com os itens desenvolvidos no modo tradicional. Ou, ainda, dar preferência a produtos como farinha de trigo e café orgânicos.

Isso porque, em casa, é  impossível reduzir a quantidade de agrotóxico presente. Já com relação a frutas e verduras, a tarefa é mais simples. No caso das hortaliças, como repolho ou um talo de alface, é recomendado a remoção das folhas externas do alimento, que acumulam maior quantidade de substâncias químicas. Também é possível dar preferência a espécies da época, cultivadas em regiões próximas. Outra medida básica é na hora da lavagem dos alimentos - esfregar bem a superfície com uma esponja, deixando-os de molho em um recipiente com um litro d’água e uma colher de sopa de água sanitária.

Retirar a casca de frutas e legumes também funciona, pois as toxinas acumulam-se ali. Mas não dá para fazer isso sempre, pois há perda de vitaminas. O cozimento é um processo que ajuda a aliviar os efeitos dos aditivos agrícolas. No entanto, assim como em todas as dicas para inibir os efeitos das substâncias químicas, boa parte do agrotóxico que se dilui é o que está na superfície da comida. O resíduo que já penetrou no alimento será, inevitavelmente, ingerido pelas pessoas.  

Nível de agrotóxicos nos alimentos

No segundo semestre de 2010, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou um monitoramento dos níveis de agrotóxicos nos alimentos. Das 20 culturas analisadas, em 15 havia a presença de substâncias que vem sendo reavaliadas pela Agência, em virtude de efeitos nada saudáveis. Das amostras de pimentão coletadas pelo órgão, 80% tinham nível insatisfatório de agrotóxicos. Foram avaliadas, ainda, uva (56,4%), pepino (54,8%), morango (50,8%), couve (44,2%), abacaxi (44,1%), mamão (38,8%) e tomate (32,6%), entre outras. O menor índice ficou com a batata (1,2%).