Com o objetivo de estimular os colaboradores a investir em um estilo de vida mais saudável e diminuir assim os índices de sobrepeso e obesidade entre eles, há empresas brasileiras apostando em estratégias como programas de orientação nutricional e dietas até a redução de bônus. Vincular parte da remuneração variável a metas de saúde é um incentivo adotado com cada vez mais frequência pelas organizações.
No Grupo Algar, a solução encontrada para melhorar a qualidade de vida foi vincular parte do bônus anual a metas de saúde. O programa atende hoje 250 gerentes e diretores e o objetivo é estendê-lo a todos os colaboradores. Além da avaliação de indicadores clínicos e físicos, o programa inclui consultas com psicólogos e psiquiatras, uma vez que estresse e depressão também estão no alvo da empresa. A estratégia deu resultado: apenas nove executivos não cumpriram suas metas no ano passado. Em 2002, quando o plano começou, 70% estavam nos grupos de risco. Hoje, o índice é de 23,2%.
No Itaú Unibanco, uma pesquisa do programa de nutrição interno mostrou que 61% dos 605 funcionários atendidos no ambulatório do banco em 2010 apresentavam excesso de peso. Graças a um programa da companhia de 2004 realizado em uma parceria com o Vigilantes do Peso, para estimular a adoção de hábitos saudáveis e dieta equilibrada, 157 profissionais conseguiram emagrecer. Ao todo, eles perderam no ano passado 427 quilos. Hoje, mais de 50 companhias de todos os portes oferecem o programa de 12 semanas patenteado pela instituição.
Há restrições no mercado de trabalho para quem está acima do peso. As empresas podem relacionar os quilos a mais com falta de energia e proatividade.
Autor: Agência Comunicado
Fonte: Valor Econômico