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Por trás de uma aparência pura e saudável o leite pode ter o seu lado prejudicial, alerta nutróloga 

Costumamos ler e ouvir que o leite é importante para a saúde dos ossos, não é mesmo? Exatamente por ser fonte de cálcio, considerado uma vitamina essencial no combate às fraturas e a osteoporose. Mas, o que outros estudos avessos a essas afirmações desejam provar é que o leite não é tão saudável e importante quanto parece. 

Estudo divulgado no portal Health revela que mulheres que beberam a partir de três copos de leite ao dia tiveram o dobro de riscos de desenvolver doenças cardiovasculares, além de 44% maiores chances de câncer, quando comparado com as mulheres que beberam de um a meio a copo. Entre os homens o risco de morte aumentou cerca de 10% naqueles que bebiam mais de quatro copos de leite ao dia. 

Os riscos apresentados pelo consumo do leite, de acordo com os pesquisadores, tem relação com o elevado nível de açúcar presente na bebida, assim como a lactose e a galactose. Ao contrário do que inúmeros estudos anteriores demonstraram, o consumo acima de três copos de leite ao dia aumentou em 16% a incidência de fraturas ósseas entre as mulheres, além dos riscos de fratura no quadril que teve aumento de 60%. 

A nutróloga, Dra. Amarantha Ribas, considera que por trás da indicação do consumo do leite, existem uma porção critérios que consideram não só a saúde, mas o consumo e a venda da bebida. A médica argumenta ao dizer que há dez mil anos, por exemplo, o homem não domesticava animais, ou seja, não tinha criações de vacas para fornecer o leite. Leia: Alimentos que previnem a osteoporose

“A minha pergunta é: como foi que nós sobrevivemos nesse tempo todo? Como geramos ossos fortes e saudáveis para correr, fugir dos outros predadores e reproduzir até hoje?”, questiona.

Segundo a nutricionista se o cálcio fosse realmente fornecido somente pelo leite de vaca, sendo essa a única fonte, a raça humana não teria sobrevivido. 

Os animais seriam biologicamente preparados para fornecer leito aos humanos?

A médica levanta uma questão bastante curiosa. Os mamíferos cada um possui as suas próprias características, logo o leite destinado aos animais possuem nutrientes, vitaminas e substâncias que seriam necessárias para o organismo do filhote. Como exemplo  cita os bezerros, que já nascem num tamanho maior e são muito independentes, quando comparamos com um bebê humano, que é totalmente dependente dos cuidados da mãe. 

“O filhote humano vai dobrar de peso com 180 dias, enquanto um bezerro em 47 dias já tem que dobrar de peso. Alguns filósofos defendem que os primeiros três meses após o nascimento do bebê é como se fosse uma gestação fora do corpo, pela fragilidade, o que não ocorre com os filhotes de animais”, explica. 

Segundo a nutróloga diante de todas as diferenças fisiológicas podemos concluir que alimentar um ser humano e um animal envolve uma enorme diferença, pois cada um possui uma necessidade nutricional. Veja: Cuidados para ossos mais saudáveis

A médica esclarece que as variações entre os leites são significativas, seja na quantidade de proteínas, carboidrato, cálcio, magnésio e hormônios, sendo adequada para cada espécie. Outro questionamento levantado pela nutricionista é: de onde a vaca consome o cálcio? Visto que em sua natureza, o ideal é que ela se alimente somente de capim, embora não seja o que ocorre nas indústrias. 

Leia também: Folhas verde-escuras e suas principais características

O que pode tornar o leite uma bebida prejudicial?

Por trás da imagem de um leite branquinho, que parece inofensivo existem algumas condutas em sua produção que podem mudar esse aspecto. “A vaca hoje em dia não come mais só capim, ela come coisas que não são da sua biologia, como grãos, soja, milho, feijão, arroz, aveia,  hormônios, antibióticos e pesticidas que são colocados para acabar com os carrapatos”, considera. Portanto, a médica pede atenção sobre a teoria na área médica que diz: “tudo se passa pelo leite”. Nesse caso, ao consumir o leite pasteurizado, estamos ingerindo todas essas substâncias.

 

Participação da nutróloga, Amarantha Ribas

Congresso Alimentação Viva

 

Referências: 

https://news.health.com/2014/10/29/is-milk-your-friend-or-foe/