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Polêmica: a relação de causa e efeito entre um alto consumo de sal (sódio) e o risco de pressão alta acaba de ser questionada por uma pesquisa publicada no "Journal of the American Medical Association". O estudo foi conduzido na Bélgica, pela Universidade de Leuven, e seus autores propuseram que as pessoas que ingerem muito sal não correm maiores riscos de ter hipertensão ou doença cardiovascular.  E mais: um consumo baixo de sódio foi associado a um risco maior para doenças do coração.

A afirmação gerou intensas reações entre os especialistas do mundo todo. O periódico "Lancet" chegou a publicar um editorial questionando o trabalho e afirmando que o estudo pouco contribui para o entendimento da doença.

A pesquisa belga acompanhou a incidência de doença cardiovascular nos voluntários – mais de 3 mil pessoas – por sete anos.

Podem haver diferentes causas para a pressão alta, entre elas mudanças no batimento cardíaco, na parede das artérias ou no funcionamento dos rins, apenas para citar alguns exemplos. O estilo de vida também está relacionado, além de sedentarismo, obesidade, estresse, uso de diferentes drogas, estresse e má alimentação. A ingestão de sódio é mais uma causa. Ao mesmo tempo, o sódio presente no sal de cozinha e também em alimentos industrializados é essencial para o equilíbrio de líquidos.

Moderação é a chave – Cada pessoa têm uma sensibilidade diferente ao sódio e os especialistas recomendam a ingestão máxima de 5 g de sal por dia. A restrição total também não é benéfica. A média diária de consumo de sal dos brasileiros é de 10 g a 15g de sal por dia, uma quantidade bem superior à recomendada.

Fonte:    Folha.com