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ESPECIALISTA EM PLANTAS MEDICINAIS DA AMAZÔNIA REALIZOU IMPORTANTE ESTUDO

 

Quando sentiu algum mal-estar, já recorreu a algum chá natural e obteve bons resultados? Tem algum hábito de utilizar algum recurso natural pelos importantes benefícios? 

É importante dar a devida atenção aos recursos que a natureza oferece, até mesmo porque, a utilização de plantas medicinais no restabelecimento da saúde data de milhares de anos atrás.

O médico, especialista em Medicina Natural e em Plantas Medicinais da Amazônia, Guilherme Oberlaender, encontrou nos óleos essenciais, o principal campo de estudo. Em um trabalho apresentado em 2014 sobre a ação dos óleos essenciais no tratamento de problemas de pele (fúngicos, virais e bacterianos), o médico se utilizou de três plantas: Baccharis dracuncufolia (alecrim-do-campo); Edyosmum brasiliense (cidreira do mato) e Psidium guajava (goiaba)

O especialista explica que a Baccharis dracuncufolia (alecrim-do-campo) é endêmica na América do Sul e o arbusto pode chegar a até 2 metros de comprimento. O alecrim do mato na região sul é praticamente retirado para dar lugar ao pasto, isso porque é considerado uma praga, mas há uma importante curiosidade em torno dessa planta:

“É a única planta em que as abelhas conseguem produzir a própolis verde, que é a própolis mais valiosa tanto do ponto de vista terapêutico quanto do ponto de vista financeiro. Praticamente toda produção é exportada para o Japão.”

Mas uma outra importante curiosidade em torno do alecrim do mato é a de que consegue agir contra a infecção hospitalar que geralmente não consegue ser tratada efetivamente por nenhum antibiótico.

O estudo Contexto Histórico, uso popular e concepção científica sobre plantas medicinais, ressalta dentre tantas curiosidades, que o uso de remédios à base de ervas remete ás tribos primitivas, em que principalmente as mulheres eram as responsáveis pela extração dos princípios ativos das plantas medicinais. Aqueles que se encarregavam dessa prática eram conhecidos como curandeiros, e esses curandeiros guardavam importantes fórmulas sob sigilo e só as revelavam àqueles que também se interessavam em seguir os mesmos passos.

Já a outra planta que fez parte do estudo do médico Guilherme Oberlaender foi a Edyosmun brasiliense, a cidreira do mato, planta tipicamente brasileira da região sul: “A sua árvore pode atingir até seis metros de altura, nós selecionamos essa planta para utilizarmos nos quadros fúngicos”.

Já a terceira planta escolhida Psidium guajava (goiaba), da família das Mirtáceas, é endêmica na América do Sul e pode chegar a até seis metros de altura.

A pele foi o órgão escolhido para as experiências porque fazia parte dos problemas mais comuns que o médico observava enquanto trabalhava na emergência de um hospital. Por trabalhar em contato com esses casos, o especialista encontrou maior facilidade para selecionar pacientes, além disso, um estudo piloto (prévio) foi realizado para que se tivesse uma ideia do possível resultado. O intuito dos pesquisadores em torno do estudo era o de mostrar o valor que essas plantas têm por meio dos óleos essenciais.

“Pela pele é fácil de demonstrar se houve melhora ou não. Selecionamos grupos de pacientes que se enquadrassem nesse estudo, aproveitei uma portaria conhecida como 971, que trata das práticas integrativas complementares em saúde. Os naturólogos, terapeutas, se utilizam muito dessa portaria para conseguir utilizar as práticas integrativas em nível de SUS e em nível terapêutico”, explica o médico.

No manual Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS, é possível ver as explicações sobre cada prática dentro da Medicina Natural e as diretrizes em torno de cada uma delas para que possam ser desempenhadas.

O especialista se utilizou da portaria 971 e perguntava aos pacientes na emergência que atendia se não tinham o interesse de experimentar algum outro tipo de tratamento, à base de óleos essenciais e então, explicava sobre o procedimento e obtinha respostas positivas e desta forma, o estudo foi conduzido.

O objetivo do estudo foi poder avaliar o potencial dos óleos utilizados e se realmente se mostravam efetivos no tratamento de patologias bacterianas, virais ou fúngicas na pele.

“Utilizei como porta de entrada a emergência de um hospital em que trabalho, um grupo de pacientes foi tratado em nível ambulatorial, nós orientávamos, já dávamos o óleo já diluído, usamos como carregador (base) o óleo de baru, que é um óleo fantástico com um potencial, um talento, uma composição magnífica, usamos na diluição de 5% que é a diluição mais aceita na literatura mundial”, conta o especialista.

Alguns dos pacientes que fizeram parte do estudo, estavam internados, e em ambos os grupos (ambulatorial e internados), os recursos dos óleos eram utilizados de 8 em 8 horas.

Vários casos diferentes que se enquadravam nas patologias bacterianas, virais ou fúngicas foram tratados por meio dos óleos. A idade variou entre 26 e 72 anos. A prevalência foi maior entre o sexo feminino. No geral, dentre os casos tratados com óleos essenciais, ficou provada a ação efetiva no combate aos males.

A percepção do especialista em relação ao trabalho foi a de que o uso dos óleos essenciais brasileiros se mostrou efetivo e capaz de lidar com patologias infecciosas, sejam bacterianas, fúngicas ou virais, não deixando nada a desejar em relação ao uso dos antibióticos:

“Se o nosso corpo está íntegro e sadio, não haverá bactérias, fungos ou vírus que conseguirão penetrar. Mas se a vitalidade do corpo estiver alterada, vamos procurar revitalizá-lo e aí podem entrar os óleos essenciais que têm algumas vantagens como, por exemplo, não gerar efeitos colaterais e nem resistência bacteriana.”

Que tal se utilizar de algum recurso natural em prol da saúde? 

 

 

Guilherme Oberlaender – É médico psiquiatra, formado em Medicina Ortomolecular e também é especialista em Plantas Medicinais da Amazônia.

É fundador e consultor científico da Tunupa - Empresa especialista em óleos essenciais do Brasil.

Site da Tunupa: www.tunupa.com.br

 

Fontes

CONAROMA – Congresso Online de Aromaterapia

Contexto Histórico, uso popular e concepção científica sobre plantas medicinais. Realizado por: Wellyson da Cunha Araújo Firmo (Et al.): www.pppg.ufma.br/cadernosdepesquisa/uploads/files/Artigo%2010(9).pdf

Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS. Ministério da Saúde: bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_praticas_integrativas_complementares_2ed.pdf