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Provavelmente você já ouviu falar na doença celíaca, mas pouco sabe sobre ela.
Trata-se da intolerância permanente ao glúten, proteína presente nos cereais (trigo, aveia, centeio, cevada e malte) utilizados na elaboração de alimentos, medicamentos, bebidas industrializadas e cosméticos. O glúten agride o intestino das pessoas com intolerância a essa proteína, tornando-se prejudicial e tóxico. Apesar de não haverem dados oficiais, a Associação de Celíacos no Brasil (Acelbra) estima que existam no pais cerca de  300 mil pessoas com a doença celíaca.

Em geral, a condição se manifesta na infância, mas também pode aparecer na vida adulta. Entre os principais sintomas estão diarreia ou prisão de ventre, emagrecimento, cansaço, fadiga, flatulência e dor abdominal, náuseas, vômitos e ansiedade. Algumas pessoas podem sentir dores nas articulações e ter o esmalte dos dentes afetado. Nas mulheres, há atrasos menstruais, menopausa precoce ou diminuição da fertilidade. Nos homens, há uma diminuição na quantidade de espermatozoides, o que influi na fertilidade. Como muitos destes sintomas não têm relação com o intestino, acabam ligados a outros problemas de saúde, atrasando o diagnóstico correto e o tratamento.  

O tratamento consiste em adotar uma dieta totalmente isenta de glúten, mas rica em gorduras (óleos, margarinas etc) e proteínas (carnes). Entre os alimentos que passam a ser riscados da alimentação estão os ricos em carboidratos (massas, açucares) e fibras. Hoje, porém, a situação está mudando. Empresas, padarias e restaurantes estão se dedicando à produção de pães, torradas, biscoitos, bolos e massas e até à cerveja sem glúten. De qualquer forma,  é muito importante contar com a orientação de um nutricionista para montar um cardápio saudável.

O tratamento costuma ser feito em três fases:

1a  Etapa: Dieta isenta de glúten, substituindo-o por fubá, amido de milho, creme de arroz, polvilho e farinha de mandioca. Deve-se evitar o consumo de leites e derivados. O objetivo é recuperar a saúde do intestino até que a normalização da absorção dos nutrientes.

2a Etapa: Reintrodução progressiva da alimentação, permanecendo somente a isenção total de glúten.

3a Etapa: A dieta deve ser mantida. O glúten deve continuar banido da alimentação por toda a vida.
 
Hoje é possível encontrar uma série de receitas indicadas para quem vive com a doença celíaca. Saborosas, sim, e sem glúten.

Por: AgComunicado